Finalmente este post! Mas antes de começar, peço que leiam a primeira parte da minha trajetória capilar aqui. É legal para quem chegou no blog faz pouco tempo conhecer tudo o que já fiz nos meus fios e onde eu parei.
Desde o ano passado eu fazia permanente no meu cabelo em casa. Qual permanente Maraisa? Aquele permanente afro da Niely que tem a caixinha amarela; a frequência era a cada dois meses aproximadamente. E o cabelo foi crescendo, a coloração saindo e eu passando permanente…
… e OH WAIT! Observem o meu cabelo em abril e depois em maio. Não sei se percebem, mas eu vejo e sei que ele começou a quebrar. Eu queria ser legal e falar uma palavra mais suave como “cair”, mas a verdade é que o meu cabelo não aguentou química e mais química e quebrou. Eu deitava na cama e quando acordava tinha um monte de cabelo no travesseiro. Fiquei preocupada, fui atrás de médico, fiz exames para saber se era algo dentro de mim mas minha saúde estava ótima. O problema era o que eu fiz por fora, o que eu coloquei no meu cabelo.
Então, no final de abril eu resolvi parar de passar química para deixar ele crescer e se recuperar de todo o estrago que fiz. Eu sabia que as ondulações do permanente sairíam e que ficaria indefinido, mas este foi o preço a se pagar por colocar tanta coisa no meu cabelo.
PAUSA
Nunca, eu repito, NUNCA o meu cabelo quebrou como este ano. Eu já judiei dele (como puderam ler no post que linkei no começo), mas quebrar a ponto de eu acordar com fios no meu travesseiro foi demais. Eu me assustei de tal forma que precisava largar a química para o cabelo crescer forte. Acho que nem solução tinha, era parar com tudo ou perder o cabelo mesmo.
VOLTANDO
Eis que em junho eu mesma cortei o cabelo! Cortei aquela parte que estava rala de tanto que caiu e deixei crescer. Com o passar dos meses eu ia cortando mais e mais conforme o crescimento.
Viram como o permanente foi saindo e não tinha mais as ondas do começo?
Alguém pode me perguntar se foi difícil e eu respondo que não. Enquanto eu mesma cortava o meu cabelo eu estava bem. Sabia que ele ficaria pequeno e tudo mais, mas eu conseguia me arrumar e ficar satisfeita.
Aí, no final de setembro eu fui para o Rio conhecer o Beleza Natural. Enquanto fazia um tratamento no cabelo a Zica perguntou se eu queria tirar o resto da química. Não pensei duas vezes e disse: “Tudo bem!”. Eu não fiquei com medo algum de tirar o cabelo danificado, mas quando sentei na cadeira percebi que ainda tinha muito, mas MUITO cabelo para tirar.
A moça foi cortando e cortando e cortando e eu parei de olhar no espelho. Olhava para o meu celular tentando me conformar e entender por qual motivo eu aceitei cortar o meu cabelo em outro estado, longe da minha mãe e do meu namorado (eles sempre me ajudam em momentos assim). Quando ela disse “Pronto!” eu me olhei e quase desabei a chorar. Fiz a fina, segurei o choro, dei um sorriso enorme e pensei: “PQP! EU COMO M****!”. Continuei com o sorriso, deixei a Zica arrumar o meu cabelo e coloquei na minha cabeça que cabelo cresce, que era o melhor a se fazer e que a partir daquele momento eu conheceria o meu cabelo de verdade.
Sim, depois de 24 anos eu realmente conheceria o meu cabelo! Nunca cortei tudo isso, nunca vi ele crescer do zero e esta é a hora! Cheguei em casa e a minha mãe falou que eu estava linda! Fiquei feliz e fui dormir. No dia seguinte acordei, arrumei o cabelo e fiz uma maquiagem no rosto. Tirei algumas fotos, coloquei na fan page e só sorria quando lia os comentários de vocês. Isso mesmo, eu melhorei quando li os comentários de vocês! Na maioria das vezes vocês que buscam informações aqui no blog, vocês que perguntam coisas para mim, vocês que buscam ajuda e apoio. Mas desta vez foi ao contrário! Eu que aprendi com vocês, eu que busquei ajuda e apoio com vocês, eu que estou aprendendo com vocês!
Quando meu namorado me viu deu um sorriso enorme e me elogiou durante um bom tempo. Como ele sempre quis que eu tivesse o cabelo black, está três vezes mais alegre do que eu. Falou assim: “Baby, agora ele vai ficar bem pra cima né?” AAAAHHHHHH Muito amor pelo meu Baby! \o/
Desde o início do mês eu estou procurando dicas sobre o meu cabelo, estou testando coisas novas e aprendendo a me relacionar com ele. Não sabia que ele formava cachinhos pequenos e não sabia que ele precisa de mais creme do que eu já coloco. Eu colocava uma quantidade grande de creme no cabelo, mas hoje sei que ele precisa de MUUUUUITO MAIS! Aprendi muito com vocês e principalmente com a Vivi Ribeiro e a Rita Lima, duas lindas que têm toda a paciência do mundo comigo. Isso mostra que a vida é assim, um eterno aprendizado e que o blog é uma troca.
Eu não quero colocar química no cabelo tão cedo. Pretendo ficar com ele natural no mínimo até o final do ano que vem. Quero ver como ele se comporta, quero conhecê-lo melhor, quero fazer penteados diferentes, quero aprender a cuidar da maneira certa.
Quero deixar claro que eu não sou a favor de cabelos 100% naturais e nem a favor de cabelos com química. Eu acho que devemos nos sentir bem. Cada pessoa deixa o cabelo do jeito que bem entender! Eu só acho que devemos cuidar loucamente. Minha mãe deixa o cabelo liso e minha irmã relaxa a raiz; acho a minha mãe LINDA com o cabelo liso, super combina com ela! O que vale é estar bem consigo mesma e tratar do cabelo.
Não fiquei bem quando cortei porque cabelo mexe com a gente. Cabelo é uma parte de nós e sei que cabelo curtíssimo para mulher nova não é bem visto. Pensei que meu namorado me criticaria, mas foi exatamente o contrário! A minha vontade de cuidar dele assim é cada vez maior.
Hoje meu cabelo está assim:
Com o passar do tempo vou mostrando o crescimento dele e também os produtos que gosto.
Este foi o começo da minha transição e fico muito feliz em poder compartilhar com vocês!
Calma! Ainda não acabou! Pedi para algumas leitoras mandarem fotos das transições que fizeram e recebi algumas no meu email. Amei as fotos que vi e precisei editar um pouco porque se não o post ficaria maior do que já está. IBAGENS NA TELA!
Amanda Ercília relaxava os fios.
Araci Santos: “… Aos 11 anos ela [ a mãe] resolveu cortar tudo e lembro que cabeleireiro disse que eu tinha o cabelo lindo, que era preciso cuidar. Mas minha mãe disse que não tinha tempo e era pra cortar bem curto.
Como estava entrando na adolescência e eu cresci muito rápido vieram os alisantes de farmácia da vida. Meu cabelo vivia preso porque eu sempre alisava em casa ou pedia pra alguém fazer, usava sempre duas caixas de produto por causa da quantidade de cabelo. Já usei: Wellachic, Amacihair, Issy, Alisa e Tinge, Henê, Guanidina, Tioglicolato, Hidróxido de sódio, etc. Mas sempre tive muita sorte de ter o cabelo resistente e nunca ter caído.
Com uns 20 anos e pouco veio o advento da chapinha e comecei a frequentar o salão, usando Guanidina e chapando o cabelo. Antes disso usei Henê pelúcia e fiquei um ano indo ao salão fazer escova até sair todo o Henê. […]
Até que um dia tava sem paciência de pentear o cabelo com duas texturas e cortei, ficou bem curto mesmo, porém super prático. […] Ainda hoje minha família não aceita, mas depois que fui pra Universidade muitas pessoas usam seu super black, inclusive homens e eu acho lindo, gente, tem cada cabelo que eu adoraria fotografar e mandar pra vocês.[…] E deixo aqui minha experiência: Gente, não deixem o padrão de beleza imposto influenciar vocês, é tão legal mudar, ser diferente, as pessoas olharem e dizerem “que lindo seu cabelo, o que você faz?”. Cabelo cresce gente, e bem rápido, vamos aproveitar pra mudar sempre e dizer adeus à escravidão da chapinha.”
A Érica Novaes fazia chapinha no cabelo seco todos os dias e depois deixou ele crescer sem química. A última foto mostra como ele fica hoje natural e seco. “E agora eu voltei a fazer os twists e me divirto demais com lenços, grampos, presilhas, tudo que eu nem sonhava em usar com o cabelo chapado.. tá demaaaaaais! sem contar na praticidade, sem comparações.”
Juliana Ferreira: “Sempre usei relaxamento, o cabelo era “murcho” e sem vida, fiz relaxamento pela última vez em julho de 2009, em 2011 cortei para tirar grande parte da química e na última foto é ele sem relaxamento em 2012. Fiquei muito feliz com sua mudança, esta linda. Não sou contra usar química, a pessoa deve usar/ fazer aquilo que te faz bem e deixa vc feliz, não por imposição da sociedade.”
Para ver a trajetória da Narda é só clicar aqui
Todas as leitoras autorizaram a publicação das fotos! =)
Beijos
Mah
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