Cá estamos nós, eu e a Rita, para falar de um produto que é o nosso vício: óleo!
Não sei se todas as crespas e cacheadas sofrem do mesmo “vício” que eu, mas eu preciso confessar: eu adoro óleo capilar! Amo mesmo. Gosto de passar antes, durante e depois das hidratações / nutrições, gosto de passar pra dar brilho, pra definir, para fazer graça, pra tudo!hahahha Sou aloka dos óleos e assumo (e a Rita idem huhuhu). Partindo deste fato, comecei a pensar com os meus botões: será que esse vício é benéfico? O que será que os óleos fazem pela saúde dos nossos fios? Qual a importância do uso dos óleos nos cabelos?
Na série sobre o cronograma capilar nós já explicamos um pouco sobre a função básica do óleo, falamos sobre a reposição lipídica e da importância de alimentar corretamente os fios. Mas isso tudo foi baseado na utilização de óleos e cremes para cumprir a etapa de Nutrição do Cronograma. Mas e os óleos finalizadores, umectações e afins? Vamos entender um pouco mais sobre esses produtos e processos? Vaaaamos:
Em primeiro lugar, é importante ressaltar uma coisa: os cabelos cacheados e crespos precisam muito mais de óleo do que os cabelos lisos. Isso se deve ao fato da oleosidade natural produzida pelo couro cabeludo não conseguir chegar até as pontas com a mesma facilidade do que nos fios lisos. Dá pra entender que as curvas e cachos se tornam um caminho tortuoso para essa oleosidade, enquanto no cabelo reto basta ela “descer” e pronto, rapidamente chega ao fim do fio, certo? Sendo assim, é de fundamental importância que a gente dê uma “ajudinha” nesse processo aplicando óleos sempre que sentir necessidade para evitar o ressecamento. Por isso o óleo deixa os fios crespos e cacheados mais brilhantes e saudáveis, pois intensificam os resultados da oleosidade natural. Porém, não são apenas esses tipos de fios que precisam do óleo: basicamente todos precisam estar com a estrutura lipídica em equilíbrio.
Os resultados do uso dos óleos podem ser os mais diversos, isso porque cada tipo de óleo tem uma função diferente. Existem os óleos vegetais / naturais; os óleos minerais e os óleos siliconados / finalizadores. É importante conhecer um pouco sobre cada um deles para saber usá-los de maneira adequada e se beneficiar com o máximo de resultados possíveis. No geral, os óleos deixam os fios mais brilhantes, selados, alinhados e sem frizz. O óleo é um poderoso auxiliar na reparação das pontas também, tirando o aspecto ressecado e “espigado” do cabelo com facilidade e dando mais maleabilidade e forma. Mas cuidado: nem todos os óleos são iguais e a utlização do óleo certo é a maior garantia de bons resultados.
Muita gente confunde os tipos de óleos disponíveis no mercado e, pensando ser tudo a mesma coisa, usa de qualquer jeito e no final ainda diz que não gostou do resultado. Mas para tudo na vida existe um aprendizado, né? Com os produtos capilares não seria diferente. Até os óleos mais “vilões” tem uma função, se utilizados nas condições corretas.
São os óleos “puros”, sem refinamento, sem misturas, sem nada. Por serem naturais, orgânicos, têm uma ação superior aos demais tipos e são super versáteis também: penetram na estrutura dos fios garantindo nutrição profunda, selam as cutículas, selam as pontas e podem ser usados puros, misturados às máscaras, em umectações e como finalizadores. Os “contras” dos óleos vegetais, na minha opinião, são os cheiros. Imaginem: eles não têm misturas… Portanto: cheiram a óleo puro. Tipo de cozinha mesmo. Eu acho uó, mas nada que um bom creme para pentear bem cheiroso não ajude a disfarçar. Possuem poucas contra-indicações e ações distintas dependendo do tipo de semente / folha / fruto dos quais foram extraídos. Desse dá pra usar e abusar!
São, em geral, os que compramos em perfumarias e farmácias e pertencem às mais diversas marcas de cosméticos capilares. Por mais concentrados que prometam ser, eles sempre vêm com alguma mistura de silicone para sustentar a fórmula e, em alguns casos, têm mais silicone do que óleo em si. A grande maioria deles não são utilizados pela turminha adepta do no / low-poo por serem insolúveis em água, mas eles não são ruins e agradam à maioria que não é adepta dessa técnica. Agem como finalizadores, selando as cutículas e protegendo do frizz, potencializando o resultado final proporcionado pelo creme para pentear. Por terem outros elementos misturados na composição, não são indicados para umectações, pois não penetram na estrutura do fio como um óleo vegetal faz, portanto, não nutrem adequadamente. Mas deixam o cabelo bonitão na hora de finalizar os cabelos e funcionam infinitamente melhor do que os silicones reparadores de pontas simples. É isso: não são tão potentes quanto os óleos vegetais, nem tão pobres quanto os silicones comuns. São produtos feitos na medida, que caíram no gosto dos consumidores e, pelo jeito, vieram para ficar!
São os “vilões” dos óleos por serem produtos feitos a partir de elementos “pesados” e inadequados para a saúde dos cabelos. Para entender os efeitos do óleo mineral basta ter em mente que ele é um tipo de produto que funciona como uma “maquiagem” capilar e, por isso, ele “encapa” os fios de maneira resistente, não permitindo que outros ativos [realmente benéficos] penetrem na fibra para tratá-los. É como se o óleo mineral puro (ou contido nos produtos) deixasse o cabelo impermeável. Mas da mesma maneira que ele não deixa o que é “bom” entrar, ele também não deixa o que é “ruim” agir… Sendo assim, até o óleo mineral tem sim sua utilidade: para usar em momentos de emergência, por exemplo. Tem que sair, quer o cabelo brilhantão e no lugar? Umas gotinhas dele podem auxiliar. Porém, cuidado: como a fibra capilar não o absorve, ele é o óleo mais fácil de “pesar” e deixar o cabelo com cara de ensebado e opaco. Todo cuidado é pouco! Não precisa nem dizer que ele é proibidíssimo para quem faz no / low-poo e que para retirá-lo dos fios só usando um bom antirresíduos, né? Pois é. Por ser tão burocrático e não ter nada que beneficie à saúde capilar é que a grande maioria dos “conhecedores” de cabelo dizem: não use. Ele precisa ser removido de maneira potente, assim como uma boa maquiagem precisa de um ótimo demaquilante. E dá um trabaaaaalho…. #Preguiças
Meu cabelo é oleoso, posso usar?
As umectações com os óleos vegetais são liberadas para todos os tipos de cabelo, sem contra-indicações. Isso porque você vai dar um “banho de óleo” nos fios, mas vai enxaguá-los e lavá-los com shampoo e condicionador, retirando o excesso do óleo (que sendo vegetal já é solúvel por natureza), mas mantendo o essencial para a nutrição dos fios. Quanto aos óleos finalizadores, podemos dizer que hoje em dia temos uma grande variedade deles no mercado, incluindo fórmulas próprias para cabelos finos, lisos, oleosos, etc. Esses não pesam se usados na quantidade certa e até ajudam na questão do frizz e dão um brilho maravilhoso. Os óleos minerais devem ser evitados, pois entopem as cutículas e causam o “efeito rebote”, assim como na pele: a oleosidade não tem por onde sair e fica acumulando dentro do fio, prejudicando horrores.
Tem algum mais indicado para cada tipo de cabelo?
Mah e Rita (rituxalima.blogspot.com.br)